terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Merkel recebe um grande apoio do seu partido e lança nova campanha


A chanceler alemã, Angela Merkel, na terça-feira passada lançou sua candidatura para um terceiro mandato como chefe do governo alemão nas eleições parlamentares de 2013, com uma triunfante reeleição como chefe da União Democrática Cristã (CDU) e da promessa de proteger o país da crise económica que assola a Europa.
Reuniram-se num congresso em Hanover (norte), os delegados do Partido Conservador Alemão reelegeram-na como presidente da CDU com resultados espetaculares (97,94% dos votos), o melhor nos 12 anos em que o partido tem estado na vanguarda da formação.
"Eu fico com a boca aberta, eu estou animada", disse a chanceler, enquanto era ovacionada ao anunciar o resultado.
Anteriormente,  num discurso de uma hora para os delegados, a chanceler, no cargo desde 2005, fez um balanço da sua gestão e foi apresentado como uma personalidade providencial contra a crise económica.
"Às vezes estamos num mar agitado", disse ele, referindo-se à crise. A líder conservadora disse que as perspectivas de crescimento não são tão bons como o esperado para o próximo ano.
Mas, "enquanto outros países europeus estão em recessão, nós somos o motor do crescimento na Europa (referindo-se à Alemanha)", disse ela.
"Tudo isso não cai do céu (...), podemos estar orgulhosos" da ação do governo, disse ela.
A chanceler lembrou que a Alemanha tem agora a "mais baixa taxa de desemprego" e "uma taxa de desemprego de jovens das mais baixas da Europa."
Angela Merkel, salientou os aspectos positivos do seu saldo: um elevado nível de criação de emprego e investimento em pesquisa e educação, bem como o abandono da energia nuclear, entre outros.
O chanceler, que quer manter o curso, reiterou a sua vontade de continuar a aliança com os liberais após as próximas eleições legislativas.
De acordo com a opinião dos alemães é muito provável que a chanceler volte a ganhar as legislativas.
Parece que vamos continuar nas mãos desta senhora.

Confiança dos investidores alemães sobe mais do que o esperado

Índice disparou em dezembro
O índice que mede a confiança dos investidores alemães aumentou inesperadamente em dezembro, de acordo com os dados divulgados esta terça-feira pelo instituto ZEW.

Assim, o índice de confiança dos investidores disparou de -15,7 pontos, em Novembro, para 6,9 pontos, em Dezembro, sendo que os analistas, consultados pela Bloomberg, estavam à espera de apenas -11,5 pontos este mês.

O banco central alemão Bundesbank reviu na última sexta-feira em baixa as previsões de crescimento económico no país para 2012 e 2013, apesar de observar que a descida da maior economia europeia será temporária.

A mesma fonte tinha previsto, no relatório de dezembro, um crescimento de 0,7% em 2012, seguido de um aumento de 0,4% em 2013, antes da expansão da economia estimada em 1,9% no ano de 2014.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Gerhard Schröder afirma que Europa deve unir-se em torno da crise


Para ultrapassar a crise é necessária uma Europa que una os seus esforços, afirmou Schröder. O ex-chanceler defende que a austeridade, por si só, não é a solução
A Europa terá de unir esforços para enfrentar a crise europeia pois só assim é que poderá sair dela, disse o ex-chanceler alemão, Gerhard Schröder. “Apenas uma Europa unida pode enfrentar um mundo globalizado politica e economicamente”, afirmou. 
Gerhard Schröder discursava na XV Conferência da Cunha Vaz & Associados, desta feita sobre a A Crise Europeia e as Reformas Necessárias, onde foi o orador principal. Para o ex-chanceler alemão, “a Europa dividida deve decidir se quer promover o crescimento ou seguir sem Europa”. Schröder afirmou que, “hoje em dia, não é possível ter umammoeda única sem ter uma política económica e social comuns”, aludindo ao euro e à União Europeia (UE). “O que a Europa precisa é de crescimento, reformas e mais integração política”, acrescentou ainda. Schröder afirmou que a união fiscal é só um passo, salientando que “é necessário mais tempo para diminuir a dívida pública”. Nomeou Grécia, Portugal, Irlanda, Espanha e Itália como exemplos de que a austeridade, por si só, não é suficiente. Para Schröder, o crescimento económico deve fazer parte da aposta da Europa para sair da crise e que, para isto, é necessário “um programa coordenado de reestruturação”.

Jornal O Público

Soares alerta Passos dos "imensos riscos" que corre por ignorar o povo

O antigo presidente da República, Mário Soares, alertou, esta terça-feira, o primeiro-ministro Passos Coelho que corre "imensos riscos" se continuar a ignorar o povo, "desesperado e, em grande parte, na miséria", questionando-se ainda se Portugal não está já pior que a Grécia.

Fidel Castro



 Falar desta personalidade política é-me qualquer coisa de pessoal e é um tema que não gosto muito de abordar - pelo simples facto de ter conduzido o país onde nasci desde 1959 até 2008. Sim, 49 anos sob um regime de tipo de Esquerda, marxista-leninista, Comunismo/Socialismo.
É com alguma pena que ouço muitas vezes falar deste homem de forma um tanto desagradável. Eu não sou a favor dele, mas também não sou contra. Compreendo muitos dos seus actos e repudio outros tantos – mas, ao contrário do que se poderá pensar, Cuba não é uma ditadura na própria acepção da palavra. Tampouco é um Estado totalitário, aliás, para entender o que é de facto Cuba é preciso ter lá estado. É o meu objectivo portanto, desmitificar toda a ideia preconcebida sobre o meu país e enfim, sobre algo da sua história.
Em 1959 triunfa a Revolução Cubana. Fidel Castro e o seu companheiro Ernesto “Ché” Guevara, põe fim à ditadura (esta sim) de Fulgencio Batista. É então que Cuba ganha a sua independência política face aos EUA da qual era seu protectorado.
Sucederam-se vários episódios nos anos seguintes, um dos mais importantes a Guerra Fria na qual Fidel teve um papel significativo. Foi durante este período que Cuba estabeleceu grandes relações económicas com a URSS e com o fim desta viu-se fragilizada pois perdera o seu grande aliado económico e, para piorar a situação cubana, os Estados Unidos da América impuseram a Cuba um embargo: o bloqueio económico – até aos dias de hoje o meu país encontra-se impossibilitado de fazer qualquer troca comercial com qualquer país do mundo. Mas porquê se poderão perguntar vocês…É muito fácil de perceber: a tentativa dos EUA, desde sempre, de tentar destruir qualquer vestígio do Comunismo explica isso.
Fidel Castro não terá sido o melhor “ditador” que existiu…Nenhum ditador em sua plena consciência dotaria o seu povo de uma educação livre, sem moldes rígido e de enquadramento de massas; nenhum ditador colocaria o seu país nos lugares cimeiros com taxas de alfabetização de 99.8%; nenhum ditador daria educação e saúde grátis a toda a população sem distinção; nenhum ditador se importaria em dar valor aos recursos humanos como fez este “ditador”; nenhum ditador defenderia os Direitos Humanos: de viver com dignidade, de ter educação e saúde, de ter um pão todos os dias na mesa, de ter uma casa própria, de ter a menor taxa de mortalidade infantil das Américas e do mundo, de erradicar o analfabetismo e a desnutrição infantil, do tratamento gratuito de mais de 124 mil vítimas do acidente nuclear de Chernobyl, da participação directa na luta pelo fim do Apartheid na África do Sul, do treino de médicos do Timor Leste, entre outros…
Sim, a certo ponto ele deveria ter parado. Sim, a certo ponto ele deveria ter recuado. Sim é verdade, ele levou o Comunismo e o Socialismo ao extremo…sim, e não estou contente por isso. Estou contente por ser Cubano com C grande. Estou contente porque o Índice de Desenvolvimento Humano do meu país é um dos mais altos do mundo. Mas também estou triste, acho que alguns direitos de liberdade de expressão foram omitidos no meio disso tudo e digo-o porque sou bastante falador ahaha.
Fidel Castro ganhou o Prêmio Olivo da Paz do Conselho Mundial da Paz em 2011 pela coexistência pacífica entre as nações e por ser uma personalidade que contribuiu para o desarmamento.

Fidel Castro Ruz nasceu a 13 de Agosto de 1926.

"Quanto mais depressa cair o governo melhor"

"Quanto mais depressa cair o governo melhor" diz Jerónimo de Sousa (PCP)
Reeleito no fim de semana para mais um mandato à frente do PCP, Jerónimo de Sousa reafirma a determinação do partido em derrubar Passos Coelho, mas não aceita pactos com os socialistas enquanto não romperem com a troika.

http://www.jn.pt/multimedia/video.aspx?content_id=2927026

Homossexuais VS Heterossexuais

Esta notícia vem mesmo a calhar, já que na aula também se debateu sobre os homossexuais.


''devemos conceder aos casais homossexuais os mesmos direitos fiscais que aos casais heterossexuais?" - pergunta Angela Merkel.

Podem ver o resto da noticia aqui.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Deixo uma pergunta e espero pelas vossas respostas. Mais tarde partilharei a minha.


Terão os pobres de comer os ricos?

«Estaremos a criar uma bomba-relógio que explodirá nas mãos do nosso já enfraquecido sistema político dentro de alguns anos?»

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Para quando será o fim da crise?

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, defendeu ontem em entrevista à TVI que o atual nível de impostos aplicado em Portugal é insustentável e não pode eternizar-se, mas recusou apontar uma data para a sua redução.


Que pensa (as) disto?

Propinas no secundário podem ser constitucionais

Bacelar Gouveia entende que é um assunto a analisar «com delicadeza», mas que «não é impossível» a cobrança de taxas apesar da obrigatoriedade do ensino.

As propinas no secundário podem ser constitucionais. O constitucionalista Jorge Bacelar Gouveia não considera impossível que se passe a cobrar taxas de acesso ao ensino secundário, ainda que este grau escolar tenha recentemente sido adotado como o patamar do ensino obrigatório.
«À partida, não me parece que, pelo facto de passar a ser obrigatório seja impossível cobrar, ou que seja necessariamente gratuito. Não me parece que haja uma ligação entre os dois conceitos», disse à Lusa o constitucionalista Bacelar Gouveia, ainda que admita que a obrigatoriedade do ensino secundário possa colocar problemas.
«Vamos ver o que isso pode significar, mas admito que haja uma certa conexão entre ser obrigatório e ser gratuito», acrescentou.
Na quarta-feira, em
entrevista à TVI, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, disse que a Constituição da República Portuguesa permite mais alterações às funções do Estado no setor da educação do que no da saúde e, com «isso dá-nos aqui alguma margem de liberdade, na área da educação, para poder ter um sistema de financiamento mais repartido entre os cidadãos e a parte fiscal direta que é assegurada pelo Estado. Do lado da saúde temos menos liberdade para isso».
Bacelar Gouveia sublinhou a separação que o texto constitucional faz entre ensino básico, «em relação ao qual a Constituição estabelece a regra de ser absolutamente gratuito» e o ensino secundário e o ensino superior, em relação aos quais a Constituição portuguesa «não é taxativa».
«[A Constituição, para o ensino secundário e para o ensino superior,] apenas diz que o Estado deve estabelecer progressivamente a gratuitidade. O progressivamente aqui é adaptável em função das condições económicas e sociais», frisou o constitucionalista em declarações à Lusa.
Bacelar Gouveia entende que cobrar o ensino secundário é um assunto que tem que ser visto com «delicadeza, proporcionalidade e igualdade», e que a introdução de uma taxa moderadora deve ter em consideração que os alunos do ensino secundário ainda não têm rendimentos próprios e que «pode ser difícil para as famílias cumprirem com o ensino secundário obrigatório que não seja gratuito».
O primeiro-ministro defendeu na quarta-feira que a reforma do Estado tem de rever as despesas com pensões, saúde e educação e considerou que neste último setor há margem constitucional para um maior financiamento por parte dos cidadãos.

Personalidades assinam carta aberta a pedir demissão de Passos

Passos Coelho em entrevista à TVI (Foto: Paulo Sampaio)Missiva é encabeçada por Mário Soares e tem 78 nomes de personalidades de várias áreas da sociedade.

Uma carta aberta encabeçada pelo ex-presidente da República Mário Soares pede a demissão do primeiro-ministro, Passos Coelho, por «embuste» e acusa o Governo de «fanatismo cego». A missiva, a que a TVI teve acesso, foi enviada a São Bento e entregue ao primeiro-ministro, com cópia para Cavaco Silva.

Personalidades políticas e de vários quadrantes da sociedade, num total de 78 nomes, admitem «ser seu dever retirar as consequências políticas que se impõem, apresentando a demissão ao Senhor Presidente da República».

Na carta pode ler-se que o Governo não pode invocar desconhecimento da situação do país, pois o memorando de entendimento com a troika já estava assinado quando se realizaram eleições, há um ano e meio.

«O Programa eleitoral sufragado pelos Portugueses e o Programa de Governo aprovado na Assembleia da República, foram em muito excedidos com a política que se passou a aplicar. As consequências das medidas não anunciadas têm um impacto gravíssimo sobre os Portugueses e há uma contradição, nunca antes vista, entre o que foi prometido e o que está a ser levado à prática».

Por essa razão, os signatário não têm dúvidas em considerar que «os eleitores foram intencionalmente defraudados» e que «nenhuma circunstância conjuntural pode justificar o embuste».

A carta dá conta de um «clamor» nacional «contra o Governo», mas mesmo assim «o Governo não hesita porém em afirmar, contra ventos e marés» que não irá ceder na austeridade.

«Ao embuste, sustentado no cumprimento cego da austeridade que empobrece o País e é levado a efeito a qualquer preço, soma-se o desmantelamento de funções essenciais do Estado e a alienação imponderada de empresas estratégicas, os cortes impiedosos nas pensões e nas reformas dos que descontaram para a Segurança Social uma vida inteira, confiando no Estado, as reduções dos salários que não poupam sequer os mais baixos, o incentivo à emigração, o crescimento do desemprego com níveis incomportáveis e a postura de seguidismo e capitulação à lógica neoliberal dos mercados».

Os signatários lamentam: «O Governo, num fanatismo cego que recusa a evidência, está a fazer caminhar o País para o abismo».

Face a um «Orçamento de Estado iníquo, injusto, socialmente condenável, que não será cumprido e que aprofundará em 2013 a recessão», os signatários desta carta consideram que «o crescente clamor que contra o Governo se ergue, como uma exigência, para que o Senhor Primeiro-Ministro altere, urgentemente, as opções políticas que vem seguindo, sob pena de, pelo interesse nacional, ser seu dever retirar as consequências políticas que se impõem, apresentando a demissão ao Senhor Presidente da República, poupando assim o País e os Portugueses ainda a mais graves e imprevisíveis consequências».

Além de Mário Soares, a carta leva a assinatura de personalidades como o arquiteto Álvaro Siza Vieira, o sociólogo Boaventura Sousa Santos, o sociólogo Bruto da Costa, o socialista Eduardo Ferro Rodrigues, o filósofo Eduardo Lourenço, o professor João Ferreira do Amaral, o historiador Fernando Rosas, o ex-ministro Manuel Maria Carrilho, o ex-sindicalista Carvalho da Silva, o jurista Vítor Ramalho, entre muitos outros.

Vídeo Promocional de Marcelo Rebelo de Sousa



O vídeo de Marcelo recusado pela Alemanha
O vídeo pretende ser um apelo à solidariedade alemã para com Portugal, exemplificando com a solidariedade que Portugal e a Europa tiveram para com a Alemanha na altura da reunificação ...

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Estudantes universitários saem as ruas



Várias centenas de alunos do ensino superior partiram do Marquês de Pombal rumo ao Parlamento pouco depois das 15h00, numa marcha de protesto contra os cortes no sector previstos no Orçamento do Estado. No trajecto para a Assembleia da República, gritaram palavras de ordem como "a propina dói" e "este Governo não tem educação". 

Os manifestantes vieram de Lisboa, Porto e de outras instituições do país, como a Universidade do Minho, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro ou Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha.

Um dos estudantes presentes disse  que o protesto tem por alvo medidas como os "cortes nas bolsas, os atrasos no seu pagamento e os critérios injustos para a sua atribuição".

Ideologias políticas:


Qual a vossa opnião?

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Poesia na política...ou política na poesia??



(As guerras dos homens são fúteis)

As guerras dos homens são fúteis
E eu vi na cara de uma criança
A morte nela estampada
E olhos vítreos de sangue.

Viu-se derramar essa vida
Por questões de terra e de posse
E ninguém tomou a iniciativa
Para que esse terror acabasse.

Já não importa a Humanidade,
É coisa que vai de menos,
Lacem granadas e torpedos
Aos muros e às suas paredes.

No profundo da minha alma
Dói-me o peito em aberto
Pois agora aquelas crianças
Só vêem o sol encoberto.

Basta do fumo em Gaza
E os atropelos e as ameaças!
Será que o Ocidente é cego
A tudo quanto se passa?

Cambada de cães interesseiros
Mordendo a carne que resta,
Não vêem com que medo
As mães limpam a testa?

Que será dessas fronteiras
Quando as armas ficarem gastas
E apenas na terra sobrar
Pedras e mais pedras?

Cobardes são os que calam
E castigos lhes ordenamos:
Fora dos seus tronos caducos
E dos seus acordos desumanos.

Não posso olhar mais para isso,
Dói-me o coração mais do que quero.
Ouçam crianças do mundo:
Não caminhem pelos mesmos terrenos!

Cavaco: portugueses esqueceram o mar, a agricultura e a indústria

"        Um Mar de Oportunidades" é o tema do congresso da APDC

"Um Mar de Oportunidades" é o tema do congresso da APDCO Presidente da República afirmou hoje que o país precisa de “ultrapassar estigmas” e voltar a olhar para os sectores que esqueceu nas últimas décadas: o mar, a agricultura e a indústria. 

 Cavaco Silva falava, esta quarta-feira, na sessão de abertura do Congresso das Comunicações, subordinado ao tema "Um Mar de Oportunidades" – uma inspiração nos recentes apelos do chefe de Estado, admitira, pouco antes, o presidente da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), Pedro Norton.

“Numa altura em que urge criar riqueza no país e gerar novas bases de crescimento económico, é necessário olhar para o que esquecemos nas últimas décadas e ultrapassar os estigmas que nos afastaram do mar, da agricultura e até da indústria”, disse o Presidente, que também foi primeiro-ministro entre 1985 e 1995. O país tem que voltar a focar-se nesses sectores para produzir “em maior gama e quantidade, produtos e serviços que possam ser dirigidos aos mercados externos”, apelou.

Porém, na avaliação do Presidente, Portugal permanece um país caracterizado por “realidades económicas que vivem a diferentes velocidades”. Embora haja sectores inovadores, “extremamente tecnológicos”, estes convivem ao lado de sectores “de cariz ainda muito tradicional”. E é para estes últimos que o contributo das tecnologias da informação e da comunicação pode ser um acelerador de mudança.

Um sector que, segundo Pedro Norton de Matos, representa hoje 7% do PIB e tem uma facturação de 11,5 mil milhões de euros.

E não falta tudo a Portugal: “A nossa geografia, os nossos recursos naturais e o mar são, indubitavelmente, uma dessas opções”, lembrou Cavaco Silva. Por isso, “no exercício da magistratura de influência que cabe ao Presidente da República”, o governante realça que tem “procurado contribuir para gerar no país a ambição de construir um modelo de desenvolvimento económico mais sustentável e mais diversificado do que tem sido até aqui”.

A economia do mar, disse ainda, perfila-se como uma opção “promissora de desenvolvimento”, pelo potencial que encerra nos sectores dos transportes, alimentação e nutrição, energia, e novos usos e recursos do mar, como a biotecnologia marinha e as tecnologias subaquáticas, enumerou o Presidente.

[Notícia corrigida às 14h25, onde se lia "Pedro Norton de Matos", lê-se agora "Pedro Norton]

sábado, 17 de novembro de 2012

Cidadania Ativa

Actualmente, a partir dos 18 anos todos os portugueses podem exercer o seu direito de voto. Aquele direito que devia ser, pelo menos na consciência de cada um, um dever. Aquele direito que as pessoas não usam como deviam. Aquele direito que grande parte da população não usa. 
Actualmente, as pessoas estão inconformadas, revoltam-se. Alguns até participam em manifestações e aderem a greves. Actualmente as coisas não estão bem em Portugal e muitos dos exageros cometidos são justificados com a liberdade de expressão, de associação. 
No dia 14 de Novembro, dia de greve geral e de manifestações à porta da Assembleia, ouvi uma senhora dizer que "estamos como no tempo de Salazar. A única diferença é que podemos falar." Quando ouvi a frase concordei com a senhora, mas agora que penso melhor vejo que está errada. Há, pelo menos, mais uma diferença: agora também podemos votar. E quantos o farão quando forem chamados às urnas? Quantos sairão de casa se estiver frio ou sairão da praia se estiver calor para exercer o direito de voto? Porque é sempre mais fácil criticar do que fazer algo - mesmo que esse algo seja pura e simplesmente uma cruz.


quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Greves e manifestaçoes

Parece que nao é só no nosso Portugal que as greves e manifestações estão a decorrer no dia de hoje.

Esta quarta-feira, a Bélgica vive também um dia de greve geral, juntando-se à jornada de luta europeia contra a austeridade que conta com greves gerais em Portugal e Espanha, e greves parciais na Grécia e em Itália.
Segundo os dados disponíveis, sabe-se que os caminhos de ferros belgas registam muitas perturbações, estando afetadas, particularmente, as ligações internacionais.
Esta manhã, um comboio de alta velocidade Thalys, procedente de Amsterdão, levando mais de 300 pessoas, ficou preso em Bruxelas, na Estação do Norte, devido à greve dos ferroviários. O comboio dirigia-se para Paris.
Entre a Bélgica e a Alemanha foram cancelados todos os comboios de alta velocidade previstos para esta quarta-feira.

No dia da jornada de luta europeia, a Alemanha, a França e a Polónia juntam-se ao protesto e em solidariedade com os países em greve geral.
Na Alemanha, por exemplo, a federação sindical DGB convocou protestos por todo o país, incluindo em Berlim e Frankfurt.

"Por agora, são principalmente as pessoas do sul da Europa que sofrem por causa de uma crise da qual eles não são responsáveis. Mas as consequências, certamente, serão sentidas no resto da Europa", disse um responsável sindical alemão.


sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Manifestação marcada: «A Merkel Não Manda Aqui»

Manifestação marcada: «A Merkel Não Manda Aqui»

Concentração marcada para 12 de novembro, dia em que a chanceler alemã estará de visita a Portugal.

«Follow the leader»O movimento «Que se Lixe a Troika» convocou uma manifestação para o dia 12, em Lisboa, sob o lema «A Merkel Não Manda Aqui», para repudiar a presença em Portugal da chanceler alemã.

A concentração está marcada para as 16:00, no Largo do Calvário, seguindo o protesto para os jardins de Belém, frente à Presidência da República.

Os autores da iniciativa defendem que a presença de Angela Merkel em Portugal, a 12 de novembro, deve merecer «todo o repúdio» da sociedade, em particular num momento social e economicamente crítico como o que o país atravessa.

«Nas vésperas de uma greve geral internacional contra a austeridade e os governos que a implementam, diremos nas ruas à sua passagem: Que se Lixe a Troika, a Merkel Não Manda Aqui», lê-se num comunicado citado pela Lusa.

Apela-se à mobilização da população em todo o país para que o dia fique marcado por protestos nos locais de trabalho, nas escolas, nas ruas e nos estabelecimentos comerciais, «com braçadeiras negras ou panos negros das casas e carros».

Os autores do protesto sustentam que Angela Merkel representa a Europa da austeridade, nas mãos do poder financeiro, «a Europa dos diretórios, do poder político não sufragado» e cada vez mais sujeita a instâncias internacionais que «promovem a destruição» das economias e sociedades vizinhas.

«Angela Merkel é uma das figuras de proa da ideologia que nos impõe a pobreza, o desemprego, a precariedade e a destruição do estado social, tendo a troika e os governos troikistas como armas», afirmam.

Rejeitando que as decisões sejam tomadas em Portugal por quem o povo não elegeu, o movimento apela aos cidadãos que digam «Fora Daqui» à passagem de Merkel.

A chanceler vai visitar com o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, a sede da Autoeuropa, em Palmela, e abrir um fórum económico no Centro Cultural de Belém, disse à agência Lusa fonte oficial.

Além do encontro com o primeiro-ministro, Angela Merkel vai reunir-se com o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.

 

terça-feira, 30 de outubro de 2012

O Estado Social e as mudanças...

«O secretário-geral do PCP considerou o Orçamento para 2013 "o pior" da democracia e uma "afronta" aos trabalhadores, acusando o Governo de querer "rasgar a Constituição" a pretexto da suposta necessidade de mudar o Estado Social.

Jerónimo de Sousa falava no debate do Orçamento do Estado para 2013 na Assembleia da República.
(...)
Para Jerónimo de Sousa, a proposta de Orçamento "é bem a prova" do "falhanço" da política do Governo e do programa de ajustamento financeiro que PSD, CDS e PS assinaram com os credores internacionais, considerando que a "brutal carga fiscal" que prevê "é uma afronta aos portugueses que vivem do seu trabalho, "ataca" salários, reformas e "pequenos rendimentos" e "trata as camadas intermédias da população como se fossem ricos".

É ainda um orçamento "que se propõe fazer o maior despedimento coletivo da democracia", que prevê "novos e inaceitáveis cortes na saúde, na educação, na cultura" e "novos e escandalosos cortes nas prestações sociais", acrescentou. "Não escapam mais uma vez os desempregados e até os doentes e os idosos", sublinhou o Jerónimo de Sousa.

Mas apesar da "brutalidade que ele contém", prosseguiu, o Governo "vem anunciar que é insuficiente" e que será necessário adotar outras medidas que "ameaçam direitos à saúde, educação, segurança social".

(...)

Para Jerónimo de Sousa, o que o Governo quer na realidade é "rasgar a Constituição", a sua "dimensão social", por ver a Lei Fundamental como "um obstáculo à sua política de terra queimada" e de "destruição" do Estado Social.

"Tudo faremos para que os democratas, os trabalhadores, o povo português defenda os seus direitos através da defesa da Constituição da República", afirmou, dizendo que não é verdade que o Estado "não tenha dinheiro" uma vez que para a banca, "que tem responsabilidades" na crise atual, há seis mil milhões de euros "à disposição.»

Jerónimo de Sousa, secretário geral do PCP

 
In JN

terça-feira, 23 de outubro de 2012

" O Príncipe" de Nicolau Maquiavel



   "O Príncipe" é um livro escrito por Nicolau Maquiavel em 1513, cuja primeira edição foi publicada postumamente, em 1532.
      É  um dos tratados políticos fundamentais elaborado  pelo pensamento humano,  que teve um papel crucial na construção do conceito de Estado moderno. Entre outras coisas, descreve as maneiras de conduzir-se nos negócios públicos internos e externos, e fundamentalmente, como conquistar e manter um principado.


quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Já dizia o outro #1 Corrupção


Fica aqui a opinião de um micro empresário acerca da corrupção e (falta de) responsabilização política em Portugal. Porque este é um assunto delicado mas que deve ser resolvido de alguma maneira. Se pararmos um pouco para pensar a não-responsabilização civil e criminal dos políticos portugueses por, por exemplo  servirem os seus interesses pessoais e não os da sociedade, faz com que a sociedade seja usada como forma de servir os interesses do Estado (e não o contrário, que seria o desejado). 
Mas o mais curioso é que Pedro Passos Coelho, a 5 de Novembro de 2010, questionou «Quem impõe tantos sacrifícios às pessoas e não cumpre, merece ou não merece ser responsabilizado civil e criminalmente pelos seus actos?». Referiu ainda que «Não podemos permitir que todos aqueles que estão nas empresas privadas ou que estão no Estado fixem objectivos e não os cumpram. Sempre que se falham os objectivos, sempre que a execução do Orçamento derrapa, sempre que arranjamos buracos financeiros onde devíamos estar a criar excedentes de poupança, aquilo que se passa é que há mais pessoas que vão para o desemprego e a economia afunda-se.» 
Agora, dois anos após esta entrevista, acho que o nosso actual Primeiro-Ministro devia parar para colocar este mandato em perspectiva e cumprir aquilo que disse antes de ser eleito. Porque todos sabemos que para quem está de fora é fácil criticar quem está dentro. Vamos lá ser coerentes, meus senhores!

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Sugestão Literária #1


Eu sou daquele grupo de pessoas que acredita que para formar uma opinião acerca de qualquer assunto devemos conhecer outras opiniões, pensar um pouco sobre os prós e contras dessa teoria e aí sim, formar uma opinião nossa, ponderada e séria. Nem sempre temos muita paciência para ler livros sobre Ciência Política, Economia ou Gestão, e nem sempre achamos apelativas as notícias nos jornais. Mas eu aconselho que todos nós nos dediquemos a ler, de quando em vez, algumas crónicas e textos de opiniões na comunicação social. Mas ainda assim há pessoas que não se sentem atraídas por este tipo de textos. Por isso deixo-vos a sugestão de um blog de um jovem como nós, não só sobre Política como também sobre Cinema, Personalidades e algo sobre Música. Um blog que eu considero interessante e que acompanho diariamente. Apresento-vos o Onomatopeia.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Personalidade Política

Margaret Thatcher

Todos nós queremos saber na verdade qual é a propriedade ou qualidade que torna um político, político. Pois falarei de uma personalidade política que eu considero ser um político, enquanto agente da Política, que melhor se enquadra neste exemplo.
Margaret Thatcher (1925-) foi a primeira mulher líder do Partido Conservador e primeira mulher Primeira-Ministra do Reino Unido (até à data) de 1979 a 1990 e foi a primeira mulher Primeira-Ministra da Europa.
A Dama de Ferro como é conhecida, Margaret Roberts, filha de um merceeiro, nasceu numa família de classe média-baixa fortemente abalada pela II Guerra Mundial. Nunca, ninguém imaginaria que esta rapariga tímida e trabalhadora se tornaria Primeira-Ministra de uma das maiores potências do Mundo, e apesar do seu sexo e da sua classe, provou o contrário.
“Mas de que forma a filha de um merceeiro se relaciona com a política?” poderiam perguntar-se…pois bem, foi exactamente pelas mãos do pai, Alfred Roberts, que Margaret alicerçou todos os seus princípios. Dotado de uma capacidade de oratória e de perspectiva política, o seu pai, incutiu em Margaret o espírito político. Paradoxalmente, Margaret só viria a tornar-se líder do Partido Conservador britânico, e mais tarde, Primeira-Ministra, depois de intensivos treinos onde aprendeu oratória e formas de discurso, onde teve mesmo de alterar a sua voz aguda e feminina para uma voz mais grave e carregada visto que muitas vezes era alvo de gozo quando, na Câmara dos Representantes e durante o seu discurso, a sua voz se tornava cada vez mais aguda e estridente à medida que subia de tom.
Mas Margaret Thatcher mudou realmente a face da História. Chegou ao poder numa situação desastrosa como a Grã-Bretanha nunca antes tinha presenciado: os tumultos sindicalistas, as greves, os motins eram generalizados, e liderando com pulso de ferro, conseguiu, apesar das críticas, deixar a Inglaterra num estado melhor do que a tinha encontrado. Externamente vivia-se o período da Guerra das Malvinas e da Guerra Fria, dos quais em ambos, Thatcher saiu vencedora: primeiro porque venceu a Guerra das Malvinas onde disputou a posse destas ilhas com a Argentina e segundo, porque foi uma das personalidades mais marcantes do triunfo dos Aliados sobre o Comunismo que se tinha fixado na Alemanha. Para além disto, a libra esterlina estava em declínio pois no continente europeu, formava-se uma nova União que ameaçava a solidez da moeda britânica.
Hoje, com 86 anos e com o título de Baronesa Thatcher, Margaret afastou-se por completo da vida pública e política padecendo do mal de Alzheimer. Mas nunca esquecer, que apesar de qualquer subjectividade, alterou a própria tradição do país onde se encontrava e liderou durante mais de 11 anos o Reino Unido.

"Antes era sobre tentar fazer alguma coisa...agora é sobre tentar ser alguém".


Recomendo a verem o filme, A Dama de Ferro (2011) com Meryl Streep no principal papel.