terça-feira, 30 de outubro de 2012

O Estado Social e as mudanças...

«O secretário-geral do PCP considerou o Orçamento para 2013 "o pior" da democracia e uma "afronta" aos trabalhadores, acusando o Governo de querer "rasgar a Constituição" a pretexto da suposta necessidade de mudar o Estado Social.

Jerónimo de Sousa falava no debate do Orçamento do Estado para 2013 na Assembleia da República.
(...)
Para Jerónimo de Sousa, a proposta de Orçamento "é bem a prova" do "falhanço" da política do Governo e do programa de ajustamento financeiro que PSD, CDS e PS assinaram com os credores internacionais, considerando que a "brutal carga fiscal" que prevê "é uma afronta aos portugueses que vivem do seu trabalho, "ataca" salários, reformas e "pequenos rendimentos" e "trata as camadas intermédias da população como se fossem ricos".

É ainda um orçamento "que se propõe fazer o maior despedimento coletivo da democracia", que prevê "novos e inaceitáveis cortes na saúde, na educação, na cultura" e "novos e escandalosos cortes nas prestações sociais", acrescentou. "Não escapam mais uma vez os desempregados e até os doentes e os idosos", sublinhou o Jerónimo de Sousa.

Mas apesar da "brutalidade que ele contém", prosseguiu, o Governo "vem anunciar que é insuficiente" e que será necessário adotar outras medidas que "ameaçam direitos à saúde, educação, segurança social".

(...)

Para Jerónimo de Sousa, o que o Governo quer na realidade é "rasgar a Constituição", a sua "dimensão social", por ver a Lei Fundamental como "um obstáculo à sua política de terra queimada" e de "destruição" do Estado Social.

"Tudo faremos para que os democratas, os trabalhadores, o povo português defenda os seus direitos através da defesa da Constituição da República", afirmou, dizendo que não é verdade que o Estado "não tenha dinheiro" uma vez que para a banca, "que tem responsabilidades" na crise atual, há seis mil milhões de euros "à disposição.»

Jerónimo de Sousa, secretário geral do PCP

 
In JN

terça-feira, 23 de outubro de 2012

" O Príncipe" de Nicolau Maquiavel



   "O Príncipe" é um livro escrito por Nicolau Maquiavel em 1513, cuja primeira edição foi publicada postumamente, em 1532.
      É  um dos tratados políticos fundamentais elaborado  pelo pensamento humano,  que teve um papel crucial na construção do conceito de Estado moderno. Entre outras coisas, descreve as maneiras de conduzir-se nos negócios públicos internos e externos, e fundamentalmente, como conquistar e manter um principado.


quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Já dizia o outro #1 Corrupção


Fica aqui a opinião de um micro empresário acerca da corrupção e (falta de) responsabilização política em Portugal. Porque este é um assunto delicado mas que deve ser resolvido de alguma maneira. Se pararmos um pouco para pensar a não-responsabilização civil e criminal dos políticos portugueses por, por exemplo  servirem os seus interesses pessoais e não os da sociedade, faz com que a sociedade seja usada como forma de servir os interesses do Estado (e não o contrário, que seria o desejado). 
Mas o mais curioso é que Pedro Passos Coelho, a 5 de Novembro de 2010, questionou «Quem impõe tantos sacrifícios às pessoas e não cumpre, merece ou não merece ser responsabilizado civil e criminalmente pelos seus actos?». Referiu ainda que «Não podemos permitir que todos aqueles que estão nas empresas privadas ou que estão no Estado fixem objectivos e não os cumpram. Sempre que se falham os objectivos, sempre que a execução do Orçamento derrapa, sempre que arranjamos buracos financeiros onde devíamos estar a criar excedentes de poupança, aquilo que se passa é que há mais pessoas que vão para o desemprego e a economia afunda-se.» 
Agora, dois anos após esta entrevista, acho que o nosso actual Primeiro-Ministro devia parar para colocar este mandato em perspectiva e cumprir aquilo que disse antes de ser eleito. Porque todos sabemos que para quem está de fora é fácil criticar quem está dentro. Vamos lá ser coerentes, meus senhores!

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Sugestão Literária #1


Eu sou daquele grupo de pessoas que acredita que para formar uma opinião acerca de qualquer assunto devemos conhecer outras opiniões, pensar um pouco sobre os prós e contras dessa teoria e aí sim, formar uma opinião nossa, ponderada e séria. Nem sempre temos muita paciência para ler livros sobre Ciência Política, Economia ou Gestão, e nem sempre achamos apelativas as notícias nos jornais. Mas eu aconselho que todos nós nos dediquemos a ler, de quando em vez, algumas crónicas e textos de opiniões na comunicação social. Mas ainda assim há pessoas que não se sentem atraídas por este tipo de textos. Por isso deixo-vos a sugestão de um blog de um jovem como nós, não só sobre Política como também sobre Cinema, Personalidades e algo sobre Música. Um blog que eu considero interessante e que acompanho diariamente. Apresento-vos o Onomatopeia.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Personalidade Política

Margaret Thatcher

Todos nós queremos saber na verdade qual é a propriedade ou qualidade que torna um político, político. Pois falarei de uma personalidade política que eu considero ser um político, enquanto agente da Política, que melhor se enquadra neste exemplo.
Margaret Thatcher (1925-) foi a primeira mulher líder do Partido Conservador e primeira mulher Primeira-Ministra do Reino Unido (até à data) de 1979 a 1990 e foi a primeira mulher Primeira-Ministra da Europa.
A Dama de Ferro como é conhecida, Margaret Roberts, filha de um merceeiro, nasceu numa família de classe média-baixa fortemente abalada pela II Guerra Mundial. Nunca, ninguém imaginaria que esta rapariga tímida e trabalhadora se tornaria Primeira-Ministra de uma das maiores potências do Mundo, e apesar do seu sexo e da sua classe, provou o contrário.
“Mas de que forma a filha de um merceeiro se relaciona com a política?” poderiam perguntar-se…pois bem, foi exactamente pelas mãos do pai, Alfred Roberts, que Margaret alicerçou todos os seus princípios. Dotado de uma capacidade de oratória e de perspectiva política, o seu pai, incutiu em Margaret o espírito político. Paradoxalmente, Margaret só viria a tornar-se líder do Partido Conservador britânico, e mais tarde, Primeira-Ministra, depois de intensivos treinos onde aprendeu oratória e formas de discurso, onde teve mesmo de alterar a sua voz aguda e feminina para uma voz mais grave e carregada visto que muitas vezes era alvo de gozo quando, na Câmara dos Representantes e durante o seu discurso, a sua voz se tornava cada vez mais aguda e estridente à medida que subia de tom.
Mas Margaret Thatcher mudou realmente a face da História. Chegou ao poder numa situação desastrosa como a Grã-Bretanha nunca antes tinha presenciado: os tumultos sindicalistas, as greves, os motins eram generalizados, e liderando com pulso de ferro, conseguiu, apesar das críticas, deixar a Inglaterra num estado melhor do que a tinha encontrado. Externamente vivia-se o período da Guerra das Malvinas e da Guerra Fria, dos quais em ambos, Thatcher saiu vencedora: primeiro porque venceu a Guerra das Malvinas onde disputou a posse destas ilhas com a Argentina e segundo, porque foi uma das personalidades mais marcantes do triunfo dos Aliados sobre o Comunismo que se tinha fixado na Alemanha. Para além disto, a libra esterlina estava em declínio pois no continente europeu, formava-se uma nova União que ameaçava a solidez da moeda britânica.
Hoje, com 86 anos e com o título de Baronesa Thatcher, Margaret afastou-se por completo da vida pública e política padecendo do mal de Alzheimer. Mas nunca esquecer, que apesar de qualquer subjectividade, alterou a própria tradição do país onde se encontrava e liderou durante mais de 11 anos o Reino Unido.

"Antes era sobre tentar fazer alguma coisa...agora é sobre tentar ser alguém".


Recomendo a verem o filme, A Dama de Ferro (2011) com Meryl Streep no principal papel.