Jerónimo de Sousa falava no debate do Orçamento do Estado para 2013 na Assembleia da República.
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Para Jerónimo de Sousa, a proposta de Orçamento "é bem a prova" do "falhanço" da política do Governo e do programa de ajustamento financeiro que PSD, CDS e PS assinaram com os credores internacionais, considerando que a "brutal carga fiscal" que prevê "é uma afronta aos portugueses que vivem do seu trabalho, "ataca" salários, reformas e "pequenos rendimentos" e "trata as camadas intermédias da população como se fossem ricos".
É ainda um orçamento "que se propõe fazer o maior despedimento coletivo da democracia", que prevê "novos e inaceitáveis cortes na saúde, na educação, na cultura" e "novos e escandalosos cortes nas prestações sociais", acrescentou. "Não escapam mais uma vez os desempregados e até os doentes e os idosos", sublinhou o Jerónimo de Sousa.
Mas apesar da "brutalidade que ele contém", prosseguiu, o Governo "vem anunciar que é insuficiente" e que será necessário adotar outras medidas que "ameaçam direitos à saúde, educação, segurança social".
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Para Jerónimo de Sousa, o que o Governo quer na realidade é "rasgar a Constituição", a sua "dimensão social", por ver a Lei Fundamental como "um obstáculo à sua política de terra queimada" e de "destruição" do Estado Social.
"Tudo faremos para que os democratas, os trabalhadores, o povo português defenda os seus direitos através da defesa da Constituição da República", afirmou, dizendo que não é verdade que o Estado "não tenha dinheiro" uma vez que para a banca, "que tem responsabilidades" na crise atual, há seis mil milhões de euros "à disposição.»
Jerónimo de Sousa, secretário geral do PCP |
In JN