(As guerras dos homens são fúteis)
As guerras
dos homens são fúteis
E eu vi na
cara de uma criança
A morte nela
estampada
E olhos
vítreos de sangue.
Viu-se
derramar essa vida
Por questões
de terra e de posse
E ninguém tomou
a iniciativa
Para que esse
terror acabasse.
Já não
importa a Humanidade,
É coisa que
vai de menos,
Lacem
granadas e torpedos
Aos muros e
às suas paredes.
No profundo
da minha alma
Dói-me o
peito em aberto
Pois agora
aquelas crianças
Só vêem o
sol encoberto.
Basta do
fumo em Gaza
E os
atropelos e as ameaças!
Será que o
Ocidente é cego
A tudo
quanto se passa?
Cambada de
cães interesseiros
Mordendo a
carne que resta,
Não vêem com
que medo
As mães
limpam a testa?
Que será
dessas fronteiras
Quando as
armas ficarem gastas
E apenas na
terra sobrar
Pedras e
mais pedras?
Cobardes são
os que calam
E castigos lhes
ordenamos:
Fora dos
seus tronos caducos
E dos seus
acordos desumanos.
Não posso
olhar mais para isso,
Dói-me o
coração mais do que quero.
Ouçam
crianças do mundo:
Não caminhem
pelos mesmos terrenos!
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